Sobre Cabotagem

A Cabotagem é muito pouco usada no país, porém apresenta vantagens que podem trazer uma série de beneficios à empresa como uma boa opção de transporte

A cabotagem poderia beneficiar todos os segmentos das indústrias que têm suas mercadorias transportadas ao longo da costa brasileira em distâncias superiores a mil quilômetros, segundo informações do grupo para discussão da cabotagem da Associação ECR Brasil. O país apresenta potencial para a cabotagem, em função dos quase oito mil quilômetros de costa litorânea, mas o modal é pouco aproveitado.

Entre as vantagens da cabotagem está a redução do custo final da carga, visto que quem utiliza o modal não tem tantos gastos como quem usa as rodovias. A condição das estradas brasileira encarece o preço do freto no modal rodoviário. Além de 54,6% das estradas estarem em estado ruim ou péssimo, conforme dados da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), os usuários correm risco de assaltos. Na cabotagem, por outro lado, acidentes com mercadorias e com as embarcações são mais raros, diz o superintendente da Associação ECR Brasil e coordenador do Grupo de Cabotagem, Cláudio Czapski.

A cabotagem também apresenta vantagens ecológicas se comparada com o modal rodoviário. Pesquisadores da Codesp desenvolveram um estudo para verificar a quantidade de gases tóxicos lançados na atmosfera pelos caminhões e a compararam com a dos navios. Durante o período de um ano, aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono foram lançadas no ar pelos veículos de carga que trafegavam nas estradas fazendo o trajeto Santos-Fortaleza. Com a cabotagem, o índice de poluição seria 99% menor.

"Diante dessas vantagens estamos propondo uma análise das questões estruturais e operacionais que sirvam tanto para o setor público, com a melhoria da infra-estrutura, como para o privado, para trabalhar com uma matriz de distribuição mais ampla, reduzindo custos e ganhando eficiência", explica Czapski. Por outro lado, o coordenador do grupo diz que os portos estão preparados para atender a cabotagem.

Czapski ressalta que a cabotagem deve se integrar às outras modalidades de transporte utilizadas pelos operadores logísticos, oferecendo, assim, serviço porta-a-porta para seus clientes.

Hoje, o transporte nacional é realizado, majoritariamente, pelo modal rodoviário (61,2%), seguido pelo ferroviário (20,7%) e, por último, vem o hidroviário (13,6%). Em outros países de grandes dimensões, como os Estados Unidos, predomina a circulação de mercadorias (43,9%) por ferrovia. Na China, 49,9% dos produtos são escoados por hidrovias.

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